Se você quer mergulhar no som de uma das bandas mais influentes do metal alternativo, este guia da discografia do Deftones é o ponto de partida perfeito.
Formados em Sacramento, em 1988, o Deftones construiu uma trajetória única, misturando peso, sensualidade, melancolia e experimentação. São dez álbuns de estúdio que marcaram gerações — e agora, em 2025, a banda surpreendeu novamente com o lançamento de Private Music.
O novo disco vem sendo elogiado pela crítica e pelos fãs como um trabalho ousado, que combina o peso dos primeiros anos com a atmosfera atmosférica e experimental dos últimos lançamentos. Muitos já apontam Private Music como um dos melhores discos da fase madura da banda, reafirmando a relevância do Deftones no cenário do rock moderno.
Deftones no Brasil
A banda esteve pela primeira vez no Brasil no Palco Mundo do Rock in Rio 3, que ocorreu entre os dias 12 e 21 de janeiro de 2001.
A banda retornou ao Brasil mais duas vezes desde então: em 2006 em São Paulo no Via Funchal e no Rock in Rio em 2015.

Na época, ainda bem adolescente, ainda não os conhecia. E nem teria muito como, pois não tínhamos acesso a internet banda larga, muito menos Youtube ou streamings de música que ainda não existiam. Portanto, ficávamos restritos ao que ouvíamos nas rádios principalmente, ou por algum amigo descolado que vinha de viagem ao exterior, o que na época eu não tinha muitos.
Quando descobri o Deftones
Eu fui neste Rock in Rio 3, mas por poder ir apenas em um dia, optei por ver o retorno do Guns n’ Roses com sua banda nova, que aconteceu no dia 14. Neste dia ainda teve as estreias no Brasil do Papa Roach e Oasis, além do belíssimo show do Pato Fu, entre outros artistas. Graças ao Papa Roach, o Nu Metal já fazia sua estreia na minha mente.
Durante e após o festial as rádios repercutiam os shows, e o Deftones foi uma das bandas bem comentadas.
Pouco tempo depois, alguns amigos me convidaram para ver um show da banda a qual faziam parte. Era uma banda cover de bandas do gênero Nu Metal, ou New Metal na época, com setlist contendo Deftones, Slipknot, System of a Down, Korn, Limp Bizkt, Faith No More e Papa Roach, entre outras, e um novo mundo então se abriu pra mim.
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Nesta época o Deftones ainda estava com três álbuns de estúdio lançados. Desde então, acompanho cada lançamento e tive a oportunidade de vê-los no seu retorno ao Brasil em 2006.
Neste artigo, vou apresentar todos os álbuns do Deftones em ordem cronológica, com curiosidades, contexto histórico e links para aquisição.
Discografia Deftones: conheça os 10 álbuns de estúdio da banda de Sacramento – CA
Se você quer conhecer um pouco mais sobre esta banda que vem quebrando os próprios recordes no auge dos seus 30 anos de existência, vamos juntos nestas 3 décadas de uma das poucas bandas que apresenta uma grande dificuldade em sequenciar seus álbuns do pior ao melhor. Portanto, por ora apenas apresento os álbuns em ordem de lançamento.
Adrenaline (1995): o início da discografia do Deftones
Um grito de rebeldia recheada de peso e melancolia
O primeiro álbum do Deftones, lançado em 3 de outubro de 1995 pela Maverick Records, é uma bomba de energia crua que capturou a agressividade da cena alternativa dos anos 90. Produzido por Terry Date, que já trabalhou com Pantera e Soundgarden, o disco tem som visceral, com riffs cortantes, bateria explosiva e a entrega vocal intensa de Chino Moreno, que vai de gritos catárticos a linhas melódicas tímidas.
Apesar de ter sido lançado no auge do nu metal, o Deftones já se diferenciava. Enquanto bandas como Korn e Limp Bizkit apostavam em grooves simples e refrões explosivos, o Adrenaline mostrava texturas e uma atmosfera claustrofóbica, sinal da identidade que a banda desenvolveria nos anos seguintes.
- Faixas de destaque: 7 Words, hino contra censura e violência policial; Bored, que foi a primeira música de trabalho; e Engine No. 9, que se tornou uma favorita nos shows.
- Curiosidade: o álbum não teve grande repercussão comercial quando foi lançado, mas cresceu graças ao boca a boca, ao circuito de shows intensos da banda e ao apoio da MTV.
- Impacto: sem hits radiofônicos imediatos, Adrenaline vendeu mais de 200 mil cópias nos EUA em pouco tempo e abriu as portas para o sucesso de Around the Fur.
Outro detalhe interessante é que, diferente de outros discos de estreia da época, o Adrenaline não soava polido ou adaptado para as rádios. Ele tinha um som underground, fruto de gravações rápidas e uma produção que privilegiava a espontaneidade. Isso o tornou um retrato honesto do que o Deftones era no palco: uma banda intensa, barulhenta e totally devoted to breaking the rules.

Adrenaline (1995)
O disco de estreia marcou o nascimento de uma das bandas mais diferentes da cena noventista. Adrenaline trouxe uma energia crua, ainda fortemente associada ao nu metal, mas com sinais da identidade atmosférica que viria a se consolidar nos álbuns seguintes.
Around the Fur (1997): o álbum que mudou a cena
Uma sonoridade anérgica, densa e introspectiva
Se o Adrenaline apresentou o Deftones ao mundo, foi com Around the Fur que a banda mostrou seu verdadeiro potencial. Lançado em 28 de outubro de 1997, esse segundo álbum consolidou os californianos como um dos nomes mais criativos e diferentes da cena nu metal que explodia na época, ao lado de bandas como Korn, Limp Bizkit e Coal Chamber.
O disco é marcado por um salto enorme de maturidade: a produção é mais polida, as músicas mais pesadas e agressivas, mas ao mesmo tempo cheias de atmosferas que já deixavam claro que o Deftones não ficaria preso a fórmulas. Aqui, a combinação entre peso brutal e momentos melódicos começa a ganhar uma identidade única.
Faixas de destaque
- My Own Summer (Shove It): um dos maiores hinos da banda, imortalizado no jogo The Matrix e presença garantida em qualquer setlist ao vivo. O riff cortante e os vocais de Chino Moreno alternando raiva e suavidade já mostravam a cara do Deftones para o grande público.
- Be Quiet and Drive (Far Away): talvez a primeira música em que a banda flerta mais fortemente com o lado etéreo e melancólico que depois se tornaria uma marca registrada. Uma faixa que até hoje emociona e conecta fãs de diferentes gerações.
- Mascara: um dos seus destaques pessoais, e com razão. É uma das canções mais intimistas do álbum, quase hipnótica, mostrando como a banda já era capaz de criar momentos densos e introspectivos mesmo em um disco dominado pelo peso.
Curiosidades
- O título Around the Fur é uma gíria inventada pela própria banda, relacionada ao universo das letras e ao estilo de vida adolescente da época, cheio de excessos e intensidade.
- A capa do disco, com a foto de uma mulher em traje de banho, se tornou icônica, mas também gerou polêmica na época. Ela representa justamente essa estética crua e sem filtros dos anos 90.
- Foi nesse disco que a banda começou a ganhar atenção massiva da MTV e das rádios rock, abrindo caminho para que no álbum seguinte viesse a explosão definitiva com White Pony.
Se o Adrenaline apresentou o Deftones ao mundo, foi com Around the Fur que a banda mostrou seu verdadeiro potencial. Lançado em 28 de outubro de 1997, esse segundo álbum consolidou os californianos como um dos nomes mais criativos e diferentes da cena nu metal que explodia na época, ao lado de bandas como Korn, Limp Bizkit e Coal Chamber.
O disco é marcado por um salto enorme de maturidade: a produção é mais polida, as músicas mais pesadas e agressivas, mas ao mesmo tempo cheias de atmosferas que já deixavam claro que o Deftones não ficaria preso a fórmulas. Aqui, a combinação entre peso brutal e momentos melódicos começa a ganhar uma identidade única.
Faixas de destaque
- My Own Summer (Shove It): um dos maiores hinos da banda, imortalizado no jogo The Matrix e presença garantida em qualquer setlist ao vivo. O riff cortante e os vocais de Chino Moreno alternando raiva e suavidade já mostravam a cara do Deftones para o grande público.
- Be Quiet and Drive (Far Away): talvez a primeira música em que a banda flerta mais fortemente com o lado etéreo e melancólico que depois se tornaria uma marca registrada. Uma faixa que até hoje emociona e conecta fãs de diferentes gerações.
- Mascara: um dos seus destaques pessoais, e com razão. É uma das canções mais intimistas do álbum, quase hipnótica, mostrando como a banda já era capaz de criar momentos densos e introspectivos mesmo em um disco dominado pelo peso.
Curiosidades
- O título Around the Fur é uma gíria inventada pela própria banda, relacionada ao universo das letras e ao estilo de vida adolescente da época, cheio de excessos e intensidade.
- A capa do disco, com a foto de uma mulher em traje de banho, se tornou icônica, mas também gerou polêmica na época. Ela representa justamente essa estética crua e sem filtros dos anos 90.
- Foi nesse disco que a banda começou a ganhar atenção massiva da MTV e das rádios rock, abrindo caminho para que no álbum seguinte viesse a explosão definitiva com White Pony.

Around the Fur (1997)
Dois anos depois, o Deftones mostrou amadurecimento sonoro com Around the Fur. Este disco é considerado um divisor de águas, trazendo mais groove e atmosfera sombria.
White Pony (2000): a obra-prima da banda
O álbum que redefiniu o Deftones e se tornou um marco no rock dos anos 2000
Lançado em 20 de junho de 2000, o White Pony não é apenas o terceiro álbum do Deftones — é um divisor de águas na carreira da banda e na cena do metal alternativo como um todo. Se nos dois primeiros discos os californianos já mostravam peso e originalidade, aqui eles mergulharam de vez na experimentação, criando um som que transcendeu rótulos como nu metal.
O disco é um verdadeiro caleidoscópio sonoro: riffs pesadíssimos convivem com atmosferas etéreas, elementos de trip hop, shoegaze e até eletrônica. Foi o trabalho que consagrou o Deftones como uma das bandas mais inovadoras da sua geração, colocando-os em um patamar ao lado de nomes consagrados da música alternativa.
Faixas de destaque
- Change (In the House of Flies): a música mais icônica do álbum, marcada por uma atmosfera sombria e sedutora. É provavelmente a faixa que mais apresentou o Deftones a um público maior, e até hoje é considerada a assinatura da banda.
- Digital Bath: outro clássico absoluto, com batidas eletrônicas sutis e vocais etéreos de Chino Moreno, criando uma sensação quase onírica. Uma das canções mais sensuais e experimentais já feitas pelo grupo.
- Passenger: colaboração especial com Maynard James Keenan (Tool/A Perfect Circle). A faixa é um diálogo hipnótico entre as duas vozes, transformando-se em uma das experiências mais intensas de toda a discografia.
Curiosidades
- O título White Pony carrega múltiplas interpretações. Segundo Chino, pode remeter a um símbolo onírico, ao mesmo tempo em que também tem conotações relacionadas a drogas, liberdade e ao subconsciente.
- A edição original tinha uma versão “oculta” com a faixa Back to School (Mini Maggit), lançada como single após pressão da gravadora. A própria banda, no entanto, nunca foi muito fã dessa versão, preferindo o corte original do álbum.
- White Pony ganhou um Grammy de Melhor Performance de Metal com a faixa Elite, consolidando de vez o Deftones no cenário mundial.
Esse é o álbum que muitos fãs (inclusive eu), já comentaram ser o mais ouvido da vida — e não à toa. Ele captura a essência do que o Deftones é: peso, melancolia, sensualidade e experimentação, tudo em um só trabalho.

White Pony (2000)
O terceiro álbum, White Pony, é frequentemente apontado como o melhor da discografia Deftones e um dos discos mais importantes do metal alternativo. Aqui a banda incorporou influências de shoegaze, trip hop e música eletrônica.
Deftones (2003): o disco sombrio e atmosférico
Uma jornada introspectiva que mostra a maturidade da banda
Lançado em 13 de abril de 2003, o álbum Deftones é um trabalho mais sombrio, introspectivo e atmosférico, que marca uma fase de experimentação e amadurecimento da banda. Depois do sucesso absoluto de White Pony, Chino Moreno e companhia exploraram um lado mais denso e emocional, equilibrando peso e melodia de maneira ainda mais refinada.
A sonoridade combina riffs pesados com passagens etéreas e texturas eletrônicas sutis, criando um clima envolvente e, por vezes, melancólico. É o disco que prova que o Deftones consegue ir além do metal alternativo e nu metal, tocando temas mais íntimos e atmosféricos sem perder energia.
Faixas de destaque
- Minerva: abertura marcante do álbum, com riffs memoráveis e refrão que se tornou um clássico instantâneo, perfeito para fãs de todas as fases da banda.
- Hexagram: uma das músicas mais agressivas do disco, trazendo intensidade e peso, demonstrando a força do grupo mesmo em um álbum mais introspectivo.
- Battle-Axe: faixa pessoal do álbum, com uma mistura de tensão e melodia que simboliza o lado mais sombrio e experimental do Deftones.
Curiosidades
- Durante a produção, a banda enfrentou tensões internas e experimentou diferentes direções musicais, o que contribuiu para a variedade de sons presentes no álbum.
- Embora menos comercial que White Pony, o disco recebeu elogios da crítica por sua coesão emocional e profundidade sonora, ganhando destaque entre os fãs mais fiéis.
- A capa do álbum, minimalista e quase monocromática, reflete o clima introspectivo e sombrio que permeia todo o trabalho.
Esse álbum mostra a banda em uma fase de transição, equilibrando agressividade e sensibilidade, e estabelecendo bases que seriam exploradas nos trabalhos seguintes. Vou me abster ainda de fazer um ranking dos melhores álbuns.

Deftones (2003)
O álbum homônimo, Deftones, trouxe uma sonoridade mais densa e introspectiva. Muitos fãs consideram esse disco como um mergulho na melancolia.
Saturday Night Wrist (2006): caos criativo e intensidade emocional
Um álbum turbulento que reflete conflitos internos e experimentação sonora
Lançado em 10 de outubro de 2006, Saturday Night Wrist é um dos discos mais complexos e experimentais do Deftones. Produzido durante um período turbulento, marcado por tensões internas, problemas pessoais e desafios na composição, o álbum é um retrato da banda buscando equilíbrio entre peso, melancolia e inovação.
A sonoridade é diversa: riffs pesados coexistem com passagens atmosféricas e eletrônicas, vocais agressivos dividem espaço com linhas melódicas de Chino Moreno, e a produção, com diferentes colaboradores, cria um álbum multifacetado. É um trabalho que exige atenção e paciência, mas recompensa com camadas sonoras ricas e momentos memoráveis.
Faixas de destaque
- Cherry Waves: faixa intensa e emocional, que combina peso com melodias hipnóticas, representando bem o lado mais sombrio do álbum.
- Hole in the Earth: poderosa e atmosférica, mostra a capacidade da banda de equilibrar agressividade e delicadeza.
- Mein: destaque pessoal, trazendo vocais e instrumentação mais densos, simbolizando a tensão e a criatividade fragmentada do período.
Curiosidades
- O disco demorou anos para ser concluído, devido a conflitos internos e mudanças no processo de gravação, incluindo a participação de diferentes produtores.
- Apesar das dificuldades, Saturday Night Wrist foi bem recebido pelos fãs que valorizam experimentação e diversidade sonora.
- Algumas faixas iniciais gravadas para o álbum nunca foram lançadas oficialmente, tornando o disco ainda mais curioso para colecionadores e fãs dedicados.
Este álbum mostra o Deftones explorando novos caminhos, sem abandonar a intensidade e a autenticidade que marcaram sua trajetória desde o início.

Saturday Night Wrist (2006)
Gravado em meio a tensões internas e dificuldades pessoais de Chino Moreno, Saturday Night Wrist é um álbum caótico, experimental e cheio de melancolia.
Diamond Eyes (2010): renascimento e energia renovada
Um álbum de retorno cheio de força e positividade após adversidades
Lançado em 4 de maio de 2010, Diamond Eyes marcou um período de renovação para o Deftones. Após o trágico acidente do baixista Chi Cheng, a banda precisou se reorganizar, com Sergio Vega assumindo o baixo. O resultado foi um disco que combina peso, melodia e energia positiva, trazendo uma sensação de renascimento criativo.
A sonoridade é direta e intensa, com riffs marcantes de Stephen Carpenter, vocais emotivos de Chino Moreno e atmosferas densas que equilibram agressividade e introspecção. É um álbum coeso, que mostra maturidade sem perder a vitalidade e força da banda.
Faixas de destaque
- Diamond Eyes: faixa-título explosiva, com riffs pesados e refrão memorável; se tornou símbolo do retorno da banda.
- Rocket Skates: mistura peso e melodia, perfeita para shows ao vivo, demonstrando o equilíbrio do álbum entre brutalidade e acessibilidade.
- Beauty School: destaque pessoal, com linhas instrumentais complexas e vocais intensos, refletindo emoção e urgência, tornando-se favorita de fãs que acompanham a trajetória da banda.
Curiosidades
- O disco foi gravado em apenas três meses, trazendo um sentimento de urgência e espontaneidade que transparece em cada faixa.
- Diferente de trabalhos anteriores, Diamond Eyes é mais otimista em sua abordagem, mesmo mantendo a densidade sonora que caracteriza o Deftones.
- A capa, minimalista e futurista, reflete a sensação de clareza e foco que a banda buscava após um período conturbado.
Diamond Eyes é considerado um dos álbuns mais consistentes da banda, mostrando que mesmo em tempos difíceis, o Deftones consegue entregar músicas memoráveis e cheias de energia.

Diamond Eyes (2010)
Após o acidente que deixou Chi Cheng em coma, o Deftones voltou com Diamond Eyes, um álbum de superação, mais direto e acessível.
Koi No Yokan (2012): sensualidade e densidade sonora
Um álbum que combina agressividade e beleza em perfeita harmonia
Lançado em 12 de novembro de 2012, Koi No Yokan consolidou o Deftones como uma das bandas mais inventivas do rock alternativo e metal alternativo. O título japonês significa algo como “pressentimento do amor à primeira vista”, refletindo a atmosfera sensual e emocional que permeia todo o disco.
A sonoridade é sofisticada: riffs pesados de Stephen Carpenter se misturam a camadas etéreas, sintetizadores sutis e vocais de Chino Moreno que transitam entre sussurros sensuais e gritos intensos. O álbum equilibra momentos de brutalidade com passagens introspectivas, mostrando a maturidade artística da banda e a habilidade de criar músicas densas e emocionalmente envolventes.
Faixas de destaque
- Leathers: faixa de abertura poderosa, que combina riffs agressivos com vocais melódicos, se tornando um clássico instantâneo nos shows.
- Tempest: uma das mais pesadas do álbum, com uma energia avassaladora e batidas intensas, demonstrando o lado mais visceral do Deftones.
- Swerve City: destaque pessoal, com groove hipnotizante e refrão marcante, simbolizando a capacidade da banda de equilibrar sensualidade e força em uma única faixa.
Curiosidades
- O álbum foi gravado em Santa Monica, com produção de Nick Raskulinecz, conhecido por trabalhos com Foo Fighters e Rush, trazendo ainda mais clareza e impacto sonoro.
- Muitos críticos destacaram Koi No Yokan como um dos melhores álbuns do Deftones, elogiando sua densidade, coesão e habilidade de inovar sem perder a essência da banda.
- As faixas exploram diferentes tempos e atmosferas, tornando o álbum dinâmico e capaz de prender a atenção do ouvinte do início ao fim.
Koi No Yokan é a prova de que o Deftones domina a arte de criar músicas que são ao mesmo tempo pesadas, melódicas e profundamente emocionais, consolidando sua posição no panteão do rock moderno.

Koi No Yokan (2012)
Com Koi No Yokan, a banda alcançou um equilíbrio perfeito entre peso e atmosfera. É considerado um dos álbuns mais maduros da discografia Deftones.
Gore (2016): experimentação e densidade emocional
Um álbum que desafia limites e explora novas texturas
Lançado em 8 de abril de 2016, Gore representa uma das fases mais experimentais do Deftones. A banda explora densidade sonora, atmosferas eletrônicas e arranjos mais complexos, mantendo o peso característico, mas adicionando texturas quase etéreas. O disco marca um período de renovação criativa, mostrando que o grupo não tem medo de se reinventar.
A sonoridade é multifacetada: riffs pesados dividem espaço com camadas de sintetizadores e efeitos, criando músicas densas e envolventes. Os vocais de Chino Moreno transitam entre sussurros sensuais e gritos intensos, reforçando a dualidade emocional que permeia o álbum.
Faixas de destaque
- Prayers/Triangles: faixa de abertura, hipnótica e envolvente, que introduz a atmosfera experimental de todo o álbum.
- Doomed User: um dos momentos mais pesados, trazendo riffs densos e energia crua, perfeita para os fãs do lado mais agressivo da banda.
- Hearts/Wires: destaque pessoal, com uma combinação de melodia, tensão e sensação etérea, e ainda carrega um fato curioso: é a única música da discografia do Deftones que contém um solo de guitarra, tornando-a especial e única dentro do catálogo da banda.
Curiosidades
- Gore foi gravado com produção de Matt Hyde, trazendo clareza e experimentação sonora, algo que se nota em cada faixa.
- O álbum recebeu elogios por desafiar expectativas e misturar agressividade com texturas atmosféricas, sendo considerado um dos trabalhos mais ousados do Deftones.
- Durante a turnê de lançamento, a banda incluiu faixas menos convencionais em seus shows, surpreendendo fãs e críticos com a diversidade sonora do álbum.
Gore mostra que o Deftones continua a evoluir, criando músicas que desafiam padrões e oferecem experiências sonoras complexas, densas e emocionalmente carregadas. A atmosfera envolvente junto com o solo de guitarra em Hearts/Wires que teve a participação de Jerry Cantrell do Alice in Chains, faz dessa música uma das mais envolventes e entorpecentes da carreira da banda, na minha opinião.

Gore (2016)
Gore dividiu opiniões entre fãs, por apresentar uma sonoridade mais atmosférica e menos centrada em riffs pesados. Ainda assim, trouxe faixas marcantes.
Ohms (2020): força, melodia e renovação criativa
Um álbum que une peso, emoção e precisão após anos de evolução
Lançado em 25 de setembro de 2020, Ohms representa o Deftones em uma fase madura, equilibrando a brutalidade das guitarras com atmosferas melódicas e densidade emocional. O álbum chegou cinco anos após Gore, consolidando o grupo como uma referência do metal alternativo moderno, capaz de inovar sem perder sua identidade.
A sonoridade combina riffs pesados e precisos, texturas eletrônicas sutis e vocais de Chino Moreno que transitam entre intensidade e melodia, criando músicas impactantes e coesas. É um disco que reafirma o domínio da banda sobre seu próprio som, misturando agressividade, sensualidade e introspecção.
Faixas de destaque
- Ohms: faixa-título poderosa, com riffs que cortam e refrão memorável, um verdadeiro cartão de visitas para o disco e para a turnê de lançamento.
- Genesis: uma das músicas mais densas e pesadas, com bateria e guitarras agressivas, mantendo a energia crua do Deftones.
- Ceremony: destaque pessoal, que mistura melodia e tensão de forma impecável, simbolizando a evolução da banda em criar atmosferas densas e emocionais ao mesmo tempo.
Curiosidades
- O álbum foi produzido por Troy Van Leeuwen (Queens of the Stone Age) e Matt Hyde, trazendo clareza e precisão sonora, mantendo a essência pesada e experimental do Deftones.
- Ohms recebeu aclamação da crítica e dos fãs, sendo considerado um dos melhores trabalhos da banda nos últimos anos, especialmente por sua coesão e energia.
- Algumas faixas foram construídas de forma a explorar dinâmicas que remetem a momentos clássicos do Deftones, mas com sonoridade atualizada e inovadora, conectando fãs antigos e novos.
Ohms é o álbum que prova que, mesmo após décadas de carreira, o Deftones continua relevante, intenso e capaz de emocionar com cada nota, riff e vocal.

Ohms (2020)
Com produção de Terry Date (mesmo de Adrenaline e White Pony), Ohms resgatou a essência pesada e melódica do Deftones. Muitos fãs o consideram um retorno às origens.
Private Music (2025): o renascimento criativo do Deftones
Um álbum que une peso, melodia e renovação sonora
Lançado em 22 de agosto de 2025, Private Music é o décimo álbum de estúdio do Deftones e marca o retorno da banda após cinco anos desde Ohms (2020). Com produção de Nick Raskulinecz, que já havia colaborado com o grupo em Diamond Eyes (2010) e Koi No Yokan (2012), o álbum apresenta uma sonoridade refinada, combinando agressividade com atmosferas etéreas e texturas experimentais.
A banda, composta por Chino Moreno, Stephen Carpenter, Abe Cunningham, Frank Delgado e o baixista de turnê Fred Sablan, entrega um trabalho coeso e emocionalmente carregado. O álbum é o primeiro sem o baixista original Sergio Vega, que deixou a banda em 2021.
Faixas de destaque
- My Mind Is a Mountain: faixa-título que mistura riffs pesados com melodias etéreas, marcando o retorno da banda com força e sensibilidade.
- Milk of the Madonna: segundo single do álbum, que apresenta uma atmosfera densa e introspectiva, explorando temas espirituais e existenciais.
- cXz: uma das faixas mais experimentais do álbum, que mistura elementos de shoegaze, industrial e metal alternativo, mostrando a versatilidade sonora da banda.
- ~metal dream: uma faixa que homenageia as raízes do Deftones, trazendo elementos do nu-metal com uma abordagem moderna e refinada.
Curiosidades
- Private Music é o primeiro álbum do Deftones sem o baixista original Sergio Vega, que deixou a banda em 2021.
- O álbum foi gravado em estúdios na Califórnia e Nashville, com produção de Nick Raskulinecz e mixagem de Rich Costey.
- O título do álbum, “Private Music”, reflete a busca da banda por uma sonoridade mais pessoal e introspectiva, explorando temas como espiritualidade, identidade e transformação.
- A capa do álbum apresenta uma arte minimalista, com uma cobra branca sobre fundo verde, simbolizando renovação e transformação.

Private Music (2024)
O lançamento mais recente mostrou que os Deftones continuam ousados e relevantes. Private Music recebeu críticas positivas e foi apontado como uma evolução natural da sonoridade explorada em Ohms.
Desempenho do Private Music
O álbum “Private Music” dos Deftones obteve um bom desempenho na Billboard, estreando no Top 5 da Billboard 200 com 87 mil unidades equivalentes vendidas na primeira semana. Além disso, o álbum foi aclamado pela crítica e colocou todas as suas 11 faixas no Top 20 das paradas de Hard Rock da Billboard, com a maioria delas figurando no Top 10.
Desempenho nas Paradas da Billboard
- Billboard 200: O álbum estreou na quinta posição do ranking.
- Hard Rock Songs: Todas as 11 faixas do álbum entraram no Top 20 da parada de Hard Rock, com a maioria alcançando o Top 10.
- Top 10 Histórico: Com “Private Music”, a banda atingiu o seu sétimo álbum no Top 10 da Billboard 200, marcando um novo patamar comercial para o grupo, destaca a Mundo Livre FM.
Destaques nas Paradas de Músicas
- “Infinite Source” lidera o ranking das músicas de Hard Rock.
- Outras faixas que se destacaram são “My Mind Is A Mountain”, “Milk of the Madonna”, “I Think About You All The Time”, “Ecdysis” e “Locked Club”.
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Conclusão
A discografia do Deftones é uma verdadeira viagem, indo do nu metal cru ao experimentalismo etéreo, sempre com autenticidade. Cada álbum tem algo único a oferecer, e para quem coleciona vinil, é um prato cheio.
Se você também é fã da banda e quer mergulhar nessa sonoridade, recomendo explorar cada disco e, claro, garantir sua cópia em vinil. Nos próximos artigos, vou compartilhar meus rankings pessoais dos álbuns do Deftones, comparando fases e mostrando quais se destacam em cada momento da carreira.
Se você ama vinil, deseja comprar ou montar sua coleção, mas ainda não tem um toca discos, eu selecionei os 5 melhores toca discos para ter em casa e curtir seus discos de vinil quando quiser. Procurei listar desde os mais simples aos estilosos e vintage, aos mais modernos e tecnológicos.

E você, já conhecia os álbuns do Deftones ou está conhecendo a banda agora?
Me diga nos comentários qual seus álbuns favoritos da banda.


